Quando o poeta sai à rua
Logo ela se mostra tão sua
Logo ele dá seu parecer
Como quem quer viver
E nas suas voltas pelas curvas
Coisas se encaixando como luvas
Coisas que não sabe entender
Só não sabe porquê
Ele que só sabe, então, se perguntar
Como sua vida segue ao deus dará
Fecha os seus olhos pra voltar a ser
No amanhecer
Vai se entrelaçando entre os hábitos
Cai na rua feito os gatos pálidos
Desejando ao outro o seu penar
Quando sua reza não o ajuda
Pensa no seu ódio, em sua luta
Pensa em pensar em esquecer
Como quem quer morrer
Sonha com pecados e se multa
Topa em suas pernas e se insulta
Topa qualquer coisa pra saber
Porquê tanto sofrer
Ele que não sabe, então, se perdoar
Come sua vida e segue ao deus dará
Fecha os seus olhos pra não se perder
E ele vê
Que os carros da avenida são tão rápidos
Bárbaros sensíveis como os sábios
Desfilando louco à beira-mar
Então vai ler
Escrito nos seus versos mais inválidos
Todos os segredos dos culpados
Pelo medo de não ter com quem chorar
Esta poesia é uma canção, escrita já há alguns anos, mas que ainda mexe comigo...
Gostaria de ter escrito coisas inéditas, coisas que estou vivendo, mas seria um tanto cruel com quem me fez muito mal nos últimos dias.
Dedico esta poesia para meus novos dias de sonho, para acender o que tanto me nego.
Pessoal dos blog's de quinta, olha eu chegando!!