quinta-feira, 30 de julho de 2009

O poeta

Quando o poeta sai à rua

Logo ela se mostra tão sua

Logo ele dá seu parecer

Como quem quer viver

E nas suas voltas pelas curvas

Coisas se encaixando como luvas

Coisas que não sabe entender

Só não sabe porquê

Ele que só sabe, então, se perguntar

Como sua vida segue ao deus dará

Fecha os seus olhos pra voltar a ser

No amanhecer

Vai se entrelaçando entre os hábitos

Cai na rua feito os gatos pálidos

Desejando ao outro o seu penar


Quando sua reza não o ajuda

Pensa no seu ódio, em sua luta

Pensa em pensar em esquecer

Como quem quer morrer

Sonha com pecados e se multa

Topa em suas pernas e se insulta

Topa qualquer coisa pra saber

Porquê tanto sofrer

Ele que não sabe, então, se perdoar

Come sua vida e segue ao deus dará

Fecha os seus olhos pra não se perder

E ele vê

Que os carros da avenida são tão rápidos

Bárbaros sensíveis como os sábios

Desfilando louco à beira-mar

Então vai ler

Escrito nos seus versos mais inválidos

Todos os segredos dos culpados

Pelo medo de não ter com quem chorar




Esta poesia é uma canção, escrita já há alguns anos, mas que ainda mexe comigo...

Gostaria de ter escrito coisas inéditas, coisas que estou vivendo, mas seria um tanto cruel com quem me fez muito mal nos últimos dias.

Dedico esta poesia para meus novos dias de sonho, para acender o que tanto me nego.


Pessoal dos blog's de quinta, olha eu chegando!!

7 comentários:

Thiago César disse...

o mago mah!
mash, grava essa porrae soh pra eu escutar, vah lah!
tah deizano, eh tu todim!
hahai...
valew!

CA Ribeiro Neto disse...

Freddy Costa, cover do Gonzaguinha,

Vi que adentrou-se ao Blogs de Quinta, então, primeiramente, dou-lhe as boas vindas!

Já avisei a todos os outros membros da sua participação no grupo. Então todos colocaram o link do seu blog nos deles.
É preciso que você faça o mesmo, crie um espaço no seu blog, naquele menu lateral, informando o blog dos outros participantes. A lista de participantes você encontra no blog de qualquer um dos membros ou na comunidade do Blogs de Quinta.

É recomendável que, para ser lido e comentado por todos, é de bom tom que leia e comente os textos dos participantes do grupo.

O resto é só alegria! hehehe

Abraço

CA Ribeiro Neto disse...

Homi, eu falo assim, mesmo, mas essas palavras vem em volta de "masnh" e de "eh nao, eh" e de "hahai" que você nem percebeu antes! hehehe


Cara, que poesia massa! Sério, vou indicar essa música pra vocês tocarem no baque, mas primeiro eu queria escutá-la. Vá ensaiando-a! hahahahahaha

Bem vindo ao Blogs de Quinta e ao Grupo APPLE!

Pedro Humilde Lindão disse...

respeite!

Mah! Negói de #@ é #@$%! é só pensar no problema dos afrodecendentes americanos e escrever algo sobre isso! \o/

bem vindo!

Hermes disse...

Se é uma canção, vou querer ouvi-la. Melhor do que ler. Uma canção não tem razão se não se cantar, como dizia o nosso Vinicius. Enfim, a construção do poema tá massa, mas quebrou o meu ritmo de pensamento quando eu vi "gatos pálidos" e isso só me lembrou os aristocats, hauahuahauhaua. Um gatinho branco de pelo macio. Ai ficou cabreiro!

A moça da flor disse...

gostei demais!
como disse o Cabeça é realmente tu nessa poesia!
me mata de orgulho!!! Muito linda. Vou nem mentir que fiquei de olhos marejados.
xero nu ôi xD
bem-vindo aos blogs de quinta!

;*

Paulo Henrique Passos disse...

Bem-vindo ao Blogs de Quinta.

Ficou muito interessante o poema. Friso os quatro últimos versos. Como se as únicas coisas que o fizessem companhia fossem também o "culpado
pelo medo de não ter com quem chorar"